Recentemente, passei por alguns momentos bastante felizes. Muito felizes mesmo. Quer dizer, no cômputo geral, acabaram sendo mais ou menos felizes. Mas foram momentos densos - positivamente falando.
Aí de repente voltei para minha vida. Onde só existe eu, onde eu preciso me sustentar e fazer a maior força possível para me apoiar nesses raros momentos felizes e continuar indo. Quando me dei conta de que tudo já tinha voltado ao normal, eu chorei. Não é fácil eu chorar. Geralmente, choro vendo filmes (até com matéria do Esporte Espetacular já chorei). Mas esses são choros inocentes, divertidos até. Dessa vez, eu fiquei preocupado. Chorei de tristeza, um choro desesperado. No meio dele, eu me peguei, várias vezes, dizendo: "me ajuda". Tive dó de mim.
Depois, percebi que isso tudo foi necessário para "esvaziar" o excesso de alegria que estava dentro de mim. A felicidade não merece encarar a vida que eu levo - ela não agüentaria. Esperta - e nada solidária - ela se foi, como o ar que sai da bexiga, deixando-a murcha e vazia.
24 de novembro de 2006
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