E então minha mãe veio me fazer uma visita no feriado.
A presença de minha mãe (e minhas irmãs, meu cunhado e minha sobrinha, que a acompanharm, neste caso), sempre garantem bons momentos - mas não é este o assunto deste post.
Ela me trouxe um presente, dois na verdade. Um é um desodorante - ela sempre me dá desodorantes, por que será? O outro é uma pasta com algumas coisas de meu passado, poucas coisas, fotos tiradas na escola, lembranças do Catecismo (sou praticamente um beato!) etc.
Parece que a gente é velho (estou com 29), mas só 12 anos me separam do colegial. Parece muito, mas não deveria ser. Quer dizer, tem gente por aí com 70 e poucos que se lembra bem do que fez na adolescência. Eu tenho alguma dificuldade em me lembrar BEM do que aconteceu naquela época, embora saiba reconhecer meus amigos e professores, lembrar seus nomes e a maioria dos acontecimentos daquele período.
Mas não consigo atribuir fatos a datas, ou descrever exatamente como era um típico dia na minha vida em 1998. Nem da Copa do Mundo daquele ano eu não consigo me lembrar!
Bom, agora eu descobri porquê. Eu provavelmente estava estudando.
Certamente grande parte do monte de fórmulas, macetes e datas históricas foram substituídos ao longo dos anos, em meu cérebro, por uma série de inutilidades, lixo da cultura pop, sequências de notas de músicas em cifras para violão ou a série de botões para soltar um hadduken no Sreet Fighter, entre outras coisas. Por isso eu não me lembro.
Eu realmente deveria usar meu potencial para construir pontes, fazer leis ou descobrir a cura do câncer, mas cá estou eu, diariamente tentando encaixar títulos de 40 caracteres em espaços onde cabem 30. De vez em quando, com um trocadilho. Uau.
PS: Notem que a única nota "vermelha" é um honroso 5,5 em Educação Física, o que deixaria orgulhoso até o nerd mais estereotipicamente elaborado do planeta. E, mesmo assim, eu dei um jeito de me recuperar e fechar o ano com um 10.
11 de julho de 2010
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