Pronto, fodeu: comecei a me preocupar demais com o blog e a gastar mais tempo pensando nele do que ele merece.
O primeiro reflexo disso é que ele vai mudar de nome.
Já não era sem tempo.
Em breve. Ou não.
30 de julho de 2010
27 de julho de 2010
Possessões noturnas (ou sobre minha melhor consulta com o dr. Google)
Não me lembro quando começou, acho que foi quando morava em Rio Preto (2006). Mas pode ter sido antes. O nome é paralisia do sono, mas isso eu só fui descobrir depois.
É assim: você está dormindo, e de repente acorda. Mas não consegue se mexer. Então pensa: "bom, devo estar dormindo, isso é um sonho." No fundo, você sabe que não é. Enquanto isso, ouve barulhos (na maioria das vezes, comigo, são sons fortes, como se uma britadeira estivesse dentro da minha cabeça) e até vê coisas (já vi luzes, sombras, formas desconexas, enfim). É assustador.
Pelo que pude entender do que já li por aí, nosso sistema nervoso envia um comando para os nervos que paralisa os músculos durante certas fases do sono, e a paralisia ocorre justamente quando a consciência desperta, mas o comando continua a ser enviado.
Na primeira vez que aconteceu, depois que acordei, de manhã, me lembrei do fato e resolvi ignorá-lo, tamanha era minha preocupação com a bizarrice daquilo tudo. Então aconteceu outras vezes, sempre em um curto espaço de tempo (até mesmo em uma viagem de ônibus, uma vez) e eu resolvi buscar ajuda.
Neurologista? Não. Ia acabar fazendo um eletro, uma tomografia, ele certamente ia associar aquilo às minhas crises de epilepsia do passado e eu ia ter que tomar um belo tarja preta - tô fora. Psiquiatra? Psicólogo? Podia ser, mas eu precisava de algo bem mais prático e confortante. Uma religião, talvez?
Apelei para a mescla entre religião e ciência: o deus Google, arauto dos desesperados, ícone maior da sabedoria humana na pós-modernidade.
Lá, aprendi que a paralisia do sono é considerado um distúrbio leve de sono (leve porque não afeta diretamente a vida do indivíduo, como a narcolepsia ou o sonambulismo), e que sabe-se muito pouco sobre suas causas (estresse pode ser uma delas - jornalismo, oi?). Cerca de 50% da população teve ou vai ter ao menos um episódio durante a vida.
Mas o melhor ainda vem: a paralisia do sono tem uma ligação profunda com a cultura de vários povos, já que é sempre associada a possessões demoníacas, ligações com espíritos e até abduções por ETs (cientistas acham que boa parte dos relatos noturnos sobre fatos como esses se devem à paralisia do sono). No Brasil, existe uma personagem do folclore para o distúrbio, a Pisadeira.
Em uma comunidade do Orkut (não vou linkar porque já saí dela e estou com preguiça de procurar de novo), aprendi inclusive dicas de como se livrar das crises - se concentrar para tentar mexer o dedão do pé, por exemplo.
Em outro site, eles ensinam que a paralisia do sono é a porta de entrada para o tal do sonho lúcido, um tipo de sonho que você pode controlar. "Massa", pensei, "quando tiver isso outra vez vou pensar na Scarlett Johansson e Penelope Cruz em uma praia deserta".
O grande problema é que a paralisia do sono sempre te pega de surpresa, e sempre assusta - a não ser que você tenha crises todos os dias e já esteja acostumado com elas, o que eu acho que, aí sim, seja um problema que necessite de tratamento médico.
Curiosamente, depois que me informei, as ocorrências cessaram por um longo período, até que eu tive uma no último fim de semana. Vi uma luz meio opaca na porta do meu quarto, enquanto uma turbina de avião girava a mil a alguns centímetros dos meus ouvidos; tentei gritar e me virar na cama - tudo em vão.
Scarlett Johansson? Penelope Cruz? Fica para a próxima, quem sabe.
É assim: você está dormindo, e de repente acorda. Mas não consegue se mexer. Então pensa: "bom, devo estar dormindo, isso é um sonho." No fundo, você sabe que não é. Enquanto isso, ouve barulhos (na maioria das vezes, comigo, são sons fortes, como se uma britadeira estivesse dentro da minha cabeça) e até vê coisas (já vi luzes, sombras, formas desconexas, enfim). É assustador.
Pelo que pude entender do que já li por aí, nosso sistema nervoso envia um comando para os nervos que paralisa os músculos durante certas fases do sono, e a paralisia ocorre justamente quando a consciência desperta, mas o comando continua a ser enviado.
Na primeira vez que aconteceu, depois que acordei, de manhã, me lembrei do fato e resolvi ignorá-lo, tamanha era minha preocupação com a bizarrice daquilo tudo. Então aconteceu outras vezes, sempre em um curto espaço de tempo (até mesmo em uma viagem de ônibus, uma vez) e eu resolvi buscar ajuda.
Neurologista? Não. Ia acabar fazendo um eletro, uma tomografia, ele certamente ia associar aquilo às minhas crises de epilepsia do passado e eu ia ter que tomar um belo tarja preta - tô fora. Psiquiatra? Psicólogo? Podia ser, mas eu precisava de algo bem mais prático e confortante. Uma religião, talvez?
Apelei para a mescla entre religião e ciência: o deus Google, arauto dos desesperados, ícone maior da sabedoria humana na pós-modernidade.
Lá, aprendi que a paralisia do sono é considerado um distúrbio leve de sono (leve porque não afeta diretamente a vida do indivíduo, como a narcolepsia ou o sonambulismo), e que sabe-se muito pouco sobre suas causas (estresse pode ser uma delas - jornalismo, oi?). Cerca de 50% da população teve ou vai ter ao menos um episódio durante a vida.
Este quadro se chama "O Pesadelo", de John Henry Fuseli, e todo mundo o utiliza para ilustrar a paralisia do sono (então eu vou usar também)
Mas o melhor ainda vem: a paralisia do sono tem uma ligação profunda com a cultura de vários povos, já que é sempre associada a possessões demoníacas, ligações com espíritos e até abduções por ETs (cientistas acham que boa parte dos relatos noturnos sobre fatos como esses se devem à paralisia do sono). No Brasil, existe uma personagem do folclore para o distúrbio, a Pisadeira.
Em uma comunidade do Orkut (não vou linkar porque já saí dela e estou com preguiça de procurar de novo), aprendi inclusive dicas de como se livrar das crises - se concentrar para tentar mexer o dedão do pé, por exemplo.
Em outro site, eles ensinam que a paralisia do sono é a porta de entrada para o tal do sonho lúcido, um tipo de sonho que você pode controlar. "Massa", pensei, "quando tiver isso outra vez vou pensar na Scarlett Johansson e Penelope Cruz em uma praia deserta".
O grande problema é que a paralisia do sono sempre te pega de surpresa, e sempre assusta - a não ser que você tenha crises todos os dias e já esteja acostumado com elas, o que eu acho que, aí sim, seja um problema que necessite de tratamento médico.
Curiosamente, depois que me informei, as ocorrências cessaram por um longo período, até que eu tive uma no último fim de semana. Vi uma luz meio opaca na porta do meu quarto, enquanto uma turbina de avião girava a mil a alguns centímetros dos meus ouvidos; tentei gritar e me virar na cama - tudo em vão.
Scarlett Johansson? Penelope Cruz? Fica para a próxima, quem sabe.
18 de julho de 2010
Reabilitando Luís Manzoli
Tinha quase me esquecido porque meu avatar no MSN é um auto-retrato (foda-se os dois "r", este blog só segue as novas normas da língua portuguesa que acha interessante) do Neil Swaab.
Até que hoje fui organizar os links ali do lado direito e voltei a dar uma sapeada pela página do Mr. Wiggles.
Tem que clicar pra ver maior - e saber um pouquinho só de inglês
Gênio.
14 de julho de 2010
Obra demoníaca
Já comentei com vocês que minha família veio me visitar no feriado.
Minha sobrinha está para fazer um aninho, e a mãe dela (minha irmã) trouxe o DVD da "Galinha Pintadinha", que ela adora, para distrai-la caso precisasse. Infelizmente, precisou.
A obra é nacional, elaborada pela Bromélia Filminhos, de Campinas. O site oficial da bagaça resume a obra como "animações com as músicas do cancioneiro popular brasileiro que educam e divertem as crianças". É exatamente isso.
É claro que não é algo que eu, ou qualquer outro leitor deste blog, colocaria em sã consicência para assistir não fosse por causa de uma criança. E seria bem tolerável, para dizer o mínimo.
Não fosse a Mariana.
Ouvi isso aí UMA VEZ no fim de semana todo. Na noite de domingo para segunda, quando fui acordado no meio da madrugada pela crise de rinite (oi, amiga!), a música estava na minha cabeça, e juro que isso me irritou a ponto de atrapalhar a volta do meu sono.
Na segunda, terça e hoje, lá estava ela, a Mariana, com seu sorriso largo, ocupando um espaço imenso na minha cabeça, alinhada à inesquecível canção como trilha sonora. Até que eu me toquei: eu precisava ouvir a música de novo. E, ao fazer isso, veio a surpresa: uma sensação de prazer, de alívio, como numa sessão de sadomasoquismo.
A Mariana é auspiciosa: fez mal ao se instalar, mas agora que já me transformou, precisa ser alimentada. E, é claro, divulgada.
Me desculpem, amigos. É bem mais forte que eu.
Minha sobrinha está para fazer um aninho, e a mãe dela (minha irmã) trouxe o DVD da "Galinha Pintadinha", que ela adora, para distrai-la caso precisasse. Infelizmente, precisou.
A obra é nacional, elaborada pela Bromélia Filminhos, de Campinas. O site oficial da bagaça resume a obra como "animações com as músicas do cancioneiro popular brasileiro que educam e divertem as crianças". É exatamente isso.
É claro que não é algo que eu, ou qualquer outro leitor deste blog, colocaria em sã consicência para assistir não fosse por causa de uma criança. E seria bem tolerável, para dizer o mínimo.
Não fosse a Mariana.
Ouvi isso aí UMA VEZ no fim de semana todo. Na noite de domingo para segunda, quando fui acordado no meio da madrugada pela crise de rinite (oi, amiga!), a música estava na minha cabeça, e juro que isso me irritou a ponto de atrapalhar a volta do meu sono.
Na segunda, terça e hoje, lá estava ela, a Mariana, com seu sorriso largo, ocupando um espaço imenso na minha cabeça, alinhada à inesquecível canção como trilha sonora. Até que eu me toquei: eu precisava ouvir a música de novo. E, ao fazer isso, veio a surpresa: uma sensação de prazer, de alívio, como numa sessão de sadomasoquismo.
A Mariana é auspiciosa: fez mal ao se instalar, mas agora que já me transformou, precisa ser alimentada. E, é claro, divulgada.
Me desculpem, amigos. É bem mais forte que eu.
13 de julho de 2010
A gente só queria um hamburguer
Na quinta-feira à noite, fui com minha mulher ao The Fifties, rede de lanchonetes com ar retrô (como o nome sugere) que inaugurou bem recentemente sua unidade em Ribeirão Preto, no RibeirãoShopping.
Chegamos no lugar às 20h20, pegamos a senha e fomos orientados a esperar "uns 10 minutos" até conseguirmos uma mesa - algo bem normal, ainda mais para uma nova lanchonete em Ribeirão (o povo daqui adora uma novidade, né?). Me lembro bem do horário porque olhei no relógio para ver quanto tempo esperaríamos.
Bom, esperamos bem menos que isso, e certamente antes das 20h30 estávamos acomodados com o cardápio na mão, em uma daquelas mesas onde um dos assentos é um sofá apoiado na parede (minha mulher adora isso). Um casal que nos deu espaço para sentar enquanto esperávamos pela mesa do lado de fora entrou em seguida e ficou na mesa logo ao lado.
Fizemos nosso pedido: uma coca, um suco de laranja, uma porção de "onion rings" e dois lanches. O casal ao lado fez o pedido quando o garçon trouxe nossas bebidas - você deve estar se perguntando "nossa, que povo enxerido, fica reparando no que o vizinho de mesa faz, é?", mas é que o espaço entre as mesas não é assim tão vasto, e fica impossível não reparar. E isso nem é uma crítica. Ainda.
Assim que chegou nossa cebola, pedimos uma porção de maionese para acompanhar (lá é TUDO cobrado separado - inclusive na montagem do hamburguer). E aí começou nosso tormento. Se me permitem dizer, a cebola estava excessivamente encharcada com óleo. Bem diferente da servida na Duets, por exemplo. Posso estar sendo cricri demais, mas enfim, é algo que não pretendo pedir de novo (se um dia voltar lá).
A maionese nunca veio. Os lanches, idem. O casal ao lado estava termimando de comer, tinha recebido a porção de molho barbecue e já estava com o cardápio em mãos para escolher a sobremesa. Eu e minha mulher lá, parados, com uma porção de cebola pela metade, uma lata de coca vazia e um copo de suco idem.
Neste ínterim, ouço um estampido e gritos atrás de mim. Minha mulher se assustou: um globo de uma lâmpada que pendia do teto caiu e, diz ela, por muito pouco, não acertou um rapaz que saboreava seu delicioso hamburguer com gostinho de anos 50. O troço caiu atrás dele, no topo da cabeceira do sofá onde estava sentado. Os funcionários se olhavam com uma cara tipo "WTF?".
Lá pelas tantas, um cara que parecia ser o gerente com um ritmo meio frenético passou pela mesa perguntando "e aí, tudo certo por aqui?" e se foi antes de ouvir direito minha resposta, resmungando, de saída, algo como "OK, vou verificar". Minha mulher começou a se impacientar e pediu para irmos embora. Eu argumentava: "Meu, isso aqui não é McDonald's, vamos esperar mais um pouco", talvez ainda iludido pelo desejo estomacal de comer um belo hamburguer.
Às 21h04, ainda às moscas, minha paciência também acabou. Chamei o garçon, pedi que cancelasse os lanches e que trouxesse a conta com o que fora consumido. Ele não fez isso. Se mandou para a cozinha e, às 21h09, voltou com nossos lanches (que, vale ressaltar, não tinham nenhum ingrediente estrambólico em sua composição). Eu disse: "Amigo, eu pedi o cancelamento e a conta. A maionese também não veio até agora, de qualquer forma... Quarenta minutos é muito tempo".
Ele balbuciou um "sim senhor" e trouxe a conta. E teve a pachorra de COBRAR OS 10% pelo serviço. Fiz questão de não pagar a taxa e me fui. Ninguém veio falar comigo, perguntar o que houve, dizer que sentia muito, talvez explicar que era um lugar novo e que estava em fase de adaptação... Nada disso. Nossa saída do The Fifties foi como nossa permanência no lugar: éramos invisíveis.
Dizem que o hamburguer de lá é bom. Mas juro, eu não estou mais disposto a experimentar. Neste caso, infelizmente, a primeira impressão foi a que ficou.
Chegamos no lugar às 20h20, pegamos a senha e fomos orientados a esperar "uns 10 minutos" até conseguirmos uma mesa - algo bem normal, ainda mais para uma nova lanchonete em Ribeirão (o povo daqui adora uma novidade, né?). Me lembro bem do horário porque olhei no relógio para ver quanto tempo esperaríamos.
Bom, esperamos bem menos que isso, e certamente antes das 20h30 estávamos acomodados com o cardápio na mão, em uma daquelas mesas onde um dos assentos é um sofá apoiado na parede (minha mulher adora isso). Um casal que nos deu espaço para sentar enquanto esperávamos pela mesa do lado de fora entrou em seguida e ficou na mesa logo ao lado.
Fizemos nosso pedido: uma coca, um suco de laranja, uma porção de "onion rings" e dois lanches. O casal ao lado fez o pedido quando o garçon trouxe nossas bebidas - você deve estar se perguntando "nossa, que povo enxerido, fica reparando no que o vizinho de mesa faz, é?", mas é que o espaço entre as mesas não é assim tão vasto, e fica impossível não reparar. E isso nem é uma crítica. Ainda.
Assim que chegou nossa cebola, pedimos uma porção de maionese para acompanhar (lá é TUDO cobrado separado - inclusive na montagem do hamburguer). E aí começou nosso tormento. Se me permitem dizer, a cebola estava excessivamente encharcada com óleo. Bem diferente da servida na Duets, por exemplo. Posso estar sendo cricri demais, mas enfim, é algo que não pretendo pedir de novo (se um dia voltar lá).
A maionese nunca veio. Os lanches, idem. O casal ao lado estava termimando de comer, tinha recebido a porção de molho barbecue e já estava com o cardápio em mãos para escolher a sobremesa. Eu e minha mulher lá, parados, com uma porção de cebola pela metade, uma lata de coca vazia e um copo de suco idem.
Neste ínterim, ouço um estampido e gritos atrás de mim. Minha mulher se assustou: um globo de uma lâmpada que pendia do teto caiu e, diz ela, por muito pouco, não acertou um rapaz que saboreava seu delicioso hamburguer com gostinho de anos 50. O troço caiu atrás dele, no topo da cabeceira do sofá onde estava sentado. Os funcionários se olhavam com uma cara tipo "WTF?".
Lá pelas tantas, um cara que parecia ser o gerente com um ritmo meio frenético passou pela mesa perguntando "e aí, tudo certo por aqui?" e se foi antes de ouvir direito minha resposta, resmungando, de saída, algo como "OK, vou verificar". Minha mulher começou a se impacientar e pediu para irmos embora. Eu argumentava: "Meu, isso aqui não é McDonald's, vamos esperar mais um pouco", talvez ainda iludido pelo desejo estomacal de comer um belo hamburguer.
Às 21h04, ainda às moscas, minha paciência também acabou. Chamei o garçon, pedi que cancelasse os lanches e que trouxesse a conta com o que fora consumido. Ele não fez isso. Se mandou para a cozinha e, às 21h09, voltou com nossos lanches (que, vale ressaltar, não tinham nenhum ingrediente estrambólico em sua composição). Eu disse: "Amigo, eu pedi o cancelamento e a conta. A maionese também não veio até agora, de qualquer forma... Quarenta minutos é muito tempo".
Ele balbuciou um "sim senhor" e trouxe a conta. E teve a pachorra de COBRAR OS 10% pelo serviço. Fiz questão de não pagar a taxa e me fui. Ninguém veio falar comigo, perguntar o que houve, dizer que sentia muito, talvez explicar que era um lugar novo e que estava em fase de adaptação... Nada disso. Nossa saída do The Fifties foi como nossa permanência no lugar: éramos invisíveis.
Dizem que o hamburguer de lá é bom. Mas juro, eu não estou mais disposto a experimentar. Neste caso, infelizmente, a primeira impressão foi a que ficou.
11 de julho de 2010
Potencial inexplorado
E então minha mãe veio me fazer uma visita no feriado.
A presença de minha mãe (e minhas irmãs, meu cunhado e minha sobrinha, que a acompanharm, neste caso), sempre garantem bons momentos - mas não é este o assunto deste post.
Ela me trouxe um presente, dois na verdade. Um é um desodorante - ela sempre me dá desodorantes, por que será? O outro é uma pasta com algumas coisas de meu passado, poucas coisas, fotos tiradas na escola, lembranças do Catecismo (sou praticamente um beato!) etc.
Parece que a gente é velho (estou com 29), mas só 12 anos me separam do colegial. Parece muito, mas não deveria ser. Quer dizer, tem gente por aí com 70 e poucos que se lembra bem do que fez na adolescência. Eu tenho alguma dificuldade em me lembrar BEM do que aconteceu naquela época, embora saiba reconhecer meus amigos e professores, lembrar seus nomes e a maioria dos acontecimentos daquele período.
Mas não consigo atribuir fatos a datas, ou descrever exatamente como era um típico dia na minha vida em 1998. Nem da Copa do Mundo daquele ano eu não consigo me lembrar!
Bom, agora eu descobri porquê. Eu provavelmente estava estudando.
Certamente grande parte do monte de fórmulas, macetes e datas históricas foram substituídos ao longo dos anos, em meu cérebro, por uma série de inutilidades, lixo da cultura pop, sequências de notas de músicas em cifras para violão ou a série de botões para soltar um hadduken no Sreet Fighter, entre outras coisas. Por isso eu não me lembro.
Eu realmente deveria usar meu potencial para construir pontes, fazer leis ou descobrir a cura do câncer, mas cá estou eu, diariamente tentando encaixar títulos de 40 caracteres em espaços onde cabem 30. De vez em quando, com um trocadilho. Uau.
PS: Notem que a única nota "vermelha" é um honroso 5,5 em Educação Física, o que deixaria orgulhoso até o nerd mais estereotipicamente elaborado do planeta. E, mesmo assim, eu dei um jeito de me recuperar e fechar o ano com um 10.
A presença de minha mãe (e minhas irmãs, meu cunhado e minha sobrinha, que a acompanharm, neste caso), sempre garantem bons momentos - mas não é este o assunto deste post.
Ela me trouxe um presente, dois na verdade. Um é um desodorante - ela sempre me dá desodorantes, por que será? O outro é uma pasta com algumas coisas de meu passado, poucas coisas, fotos tiradas na escola, lembranças do Catecismo (sou praticamente um beato!) etc.
Parece que a gente é velho (estou com 29), mas só 12 anos me separam do colegial. Parece muito, mas não deveria ser. Quer dizer, tem gente por aí com 70 e poucos que se lembra bem do que fez na adolescência. Eu tenho alguma dificuldade em me lembrar BEM do que aconteceu naquela época, embora saiba reconhecer meus amigos e professores, lembrar seus nomes e a maioria dos acontecimentos daquele período.
Mas não consigo atribuir fatos a datas, ou descrever exatamente como era um típico dia na minha vida em 1998. Nem da Copa do Mundo daquele ano eu não consigo me lembrar!
Bom, agora eu descobri porquê. Eu provavelmente estava estudando.
Certamente grande parte do monte de fórmulas, macetes e datas históricas foram substituídos ao longo dos anos, em meu cérebro, por uma série de inutilidades, lixo da cultura pop, sequências de notas de músicas em cifras para violão ou a série de botões para soltar um hadduken no Sreet Fighter, entre outras coisas. Por isso eu não me lembro.
Eu realmente deveria usar meu potencial para construir pontes, fazer leis ou descobrir a cura do câncer, mas cá estou eu, diariamente tentando encaixar títulos de 40 caracteres em espaços onde cabem 30. De vez em quando, com um trocadilho. Uau.
PS: Notem que a única nota "vermelha" é um honroso 5,5 em Educação Física, o que deixaria orgulhoso até o nerd mais estereotipicamente elaborado do planeta. E, mesmo assim, eu dei um jeito de me recuperar e fechar o ano com um 10.
Assinar:
Postagens (Atom)