Qual é a lógica em fazer um empanado de frango em forma de bolinhas e chamá-lo de "pipoca"?
***
Um de meus melhores amigos eu conheci na 3a. série. Depois ele mudou de cidade e nunca mais tivemos contato.
***
Um defeito no meu violão me impede de tocar qualquer música que use a mizinha, da 3a. a 6a. casa. O que inclui, especialmente, "Losing my Religion" e "High and Dry". "Smells Like Teen Spirit" continua uma beleza.
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Eu gosto de pudim de leite condensado.
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A vida é um confronto constante com perdas, frustrações e decepções. A felicidade aparece quando a gente ganha.
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Como diz um amigo, japonês é mesmo esperto: faz comida sem usar fogão e mesmo assim ainda consegue cobrar mais caro.
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"Deixa eu entender isso direito", disse um aluno. "Você está me dizendo que, se eu disser uma coisa em voz alta, sou eu dizendo, mas se eu escrever exatamente a mesma coisa no papel, é de outra pessoa, certo?"
"Sim", eu respondi. "E nós estamos chamando isso de ficção."
O aluno sacou seu caderno, escreveu algo e me passou uma folha de papel que dizia: "Isso é a porra mais idiota que já ouvi na vida."
Era um grupo esperto.
(David Sedaris, "Eu falar bonito um dia", Cia. das Letras, 2008)
***
Este blog não segue as normas da ABNT para citações.
24 de agosto de 2010
21 de agosto de 2010
A página de mundo
Um belo dia, no meu trabalho, me vi responsável pela página de mundo. Demorou um pouquinho, mas depois eu descobri que gosto disso. É legal ser o cara que, teoricamente, "resume o mundo" em uma página (a despeito de qualquer presunção, por favor - este é o meu trabalho, então melhor vê-lo dessa forma que reduzi-lo a nada).
Mas - e não sei bem o porquê - eu tenho a infeliz impressão de que ninguém lê aquele troço. Se for mesmo verdade, é uma pena, porque não é uma tarefa tão simples assim.
Primeira dificuldade: definir o abre. Tem tanta coisa acontecendo no mundo, como saber o que é o mais importante? Uma rápida olhada pelos principais portais da internet pode dar uma boa ideia da "agenda" do dia, mas o destaque dos sites pode ser ardiloso, e nem sempre o que é manchete às 15h será o assunto principal do dia seguinte.
A não ser quando você bate o olho na notícia e ela te diz: "pode parar de escolher, querido. Sou eu que você quer". Aí tudo fica mais fácil. Mas isso você só aprende a identificar com um certo tempo: se estiver na dúvida, um outro bom termômetro, até com certo apreço científico, é botar o tema no Google, buscar por "notícias" e ver quantas agências estão cobrindo o assunto. Mas isso não pode ser o modus operandi do fechamento, se não você fica preguiçoso e nunca vai aprender a hieararquizar notícia.
E, afinal, não se trata apenas de identificar qual é o tema mais comentado, mas sim qual seria o mais interessante para os leitores.
Definido o abre, tem que ver se tem foto na agência contratada pelo jornal. Não tem? Se o assunto merecer, usa arquivo. Se não for algo tão pulsante assim, é o caso de repensar e talvez buscar outra solução. Uma boa foto pode ser mais legal que o texto (a velha história da imagem valer por mil palavras), e muitas vezes o abre é o único lugar da página onde vai foto.
Se tiver bastante opção de imagem, toca pra escolher uma. Que seja boa, que caiba no corte, mas que não seja a melhor de todas (essa fica para o caso do chefe querer usar na capa). Na hora de editar o texto, começa a briga com o espaço e com os códigos às vezes indecifráveis das agências internacionais. É cada tijolo que vem que vocês não têm ideia. Coisas como: "O presidente dos EUA, Barack Obama, decidiu que vai manter o plano de retirada das tropas do Iraque para 31 de agosto. 'Vou manter o plano de retirada das tropas para 31 de agosto', disse Obama". Haja saco.
Cortado o texto, hora de fazer o título. Espaço pequeno, quase impossível manter a velha fórmula "alguém-faz-alguma-coisa". Bora tentar um trocadilho, uma ironia (se não for tragédia ou algo envolvendo gente morta, pode). Opa, deu. Mas esse o chefe não vai gostar... Algo mais simples. Agora sim. Mas e se o leitor não entender? Ler o título e passar reto pela página? Ah, a foto é boa, então o título não precisa ser tão atrativo. Ih, a foto é só um boneco? Melhor caprichar mais. Bota a cabeça pra funcionar, é pra isso que você é pago.
Abre fechado, hora de fazer as outras seis notas (sendo duas com foto, isso no modelo-padrão mais usado pelo jornal). São notas pequenas, mas não importa: são seis assuntos diferentes, e o tamanho só torna o trabalho de edição mais complicado. É triste resumir, por exemplo, uma revolta popular provocada por anos de ditadura em um país africano, toda a história de um povo, em 15 linhas.
Hora de distribuir o mundo na página. O abre é o quê? Oriente médio? Então já tá bom pra eles. Talvez mais uma nota se tiver alguma coisa muito boa (SEMPRE vai ter notícia de Israel, Iraque e Irã). Merece mais que isso, mas são só seis assuntos, e ainda tem um mundo inteiro para mostrar. Tem algo sobre alguma das guerras dos EUA? É bom ter. Mas não vale placar de cadáveres no Iraque ou no Afeganistão. Tem Europa? Ásia (Coreias ou China)?
América do Sul. Essa sempre tem que ter. São nossos vizinhos. Mas aí tem um problema: meu horário de fechamento é muito cedo, e as notícias de Venezuela, Colômbia e afins só pipocam no fim da tarde. Quase nunca entra nada quente. Só "recupera" do dia anterior. Paciência.
Brasileiro fez cagada no estrangeiro? Lula discursou na ONU, apertou as mãos de alguém lá fora ou meteu o bedelho onde não foi chamado? Brasil foi destaque (positivo ou negativo) em algum megalevantamento de alguma megaorganização internacional? Obrigação noticiar.
Droga, e as notas com foto? Quais são as tragédias da vez? Incêndios na Rússia, deslizamentos de terra na China, enchentes no Paquistão. Fotos espetaculares ao monte. Mas precisa ver qual é a notícia; como as fotos são inferiores ao abre já não vale a regra de dar só pela imagem. Alguma tragédia pontual? Algum avião caiu? Algum touro invadiu a arquibancada de um festival qualquer na Espanha? Um atirador maluco matou os amigos da escola e se matou?
Se sim, está feito. Se não, fodeu: vai ter que cagar sangue para escolher um assunto "fotável", ou então usar um tema bom e pegar foto de arquivo. Ou, ainda, usar a velha fórmula "autoridade-diz-que...". Sempre tem foto de alguém falando alguma coisa ao redor do planeta. Escolhe a foto, joga lá. Qual o crédito? Eita nome complicado de fotógrafo, melhor copiar e colar para não errar.
Editadas as notas, feitos os títulos, jogadas as fotos, hora de dar uma "panorâmica" pela página. É sempre bom que os títulos não repitam palavras (com exceção de artigos e pronomes); que as fotos não "olhem" para o lado de fora de página; que a "composição estética", de forma geral, esteja bacana. Mas como eu vejo isso? Se vira, cara! Não sabe diferenciar o feio do bonito?
Tudo equilibrado? Abre para o oriente médio; notas sobre guerra no topo, do lado direito; tragédia social em uma foto debaixo; eleições na Austrália na outra; Chávez e Colômbia no meio da página; Fidel também; Coreia no pé, do lado do calor infernal na Europa.
Nada para refazer. Uma página já foi. Faltam 23.
Mas - e não sei bem o porquê - eu tenho a infeliz impressão de que ninguém lê aquele troço. Se for mesmo verdade, é uma pena, porque não é uma tarefa tão simples assim.
Primeira dificuldade: definir o abre. Tem tanta coisa acontecendo no mundo, como saber o que é o mais importante? Uma rápida olhada pelos principais portais da internet pode dar uma boa ideia da "agenda" do dia, mas o destaque dos sites pode ser ardiloso, e nem sempre o que é manchete às 15h será o assunto principal do dia seguinte.
A não ser quando você bate o olho na notícia e ela te diz: "pode parar de escolher, querido. Sou eu que você quer". Aí tudo fica mais fácil. Mas isso você só aprende a identificar com um certo tempo: se estiver na dúvida, um outro bom termômetro, até com certo apreço científico, é botar o tema no Google, buscar por "notícias" e ver quantas agências estão cobrindo o assunto. Mas isso não pode ser o modus operandi do fechamento, se não você fica preguiçoso e nunca vai aprender a hieararquizar notícia.
E, afinal, não se trata apenas de identificar qual é o tema mais comentado, mas sim qual seria o mais interessante para os leitores.
Definido o abre, tem que ver se tem foto na agência contratada pelo jornal. Não tem? Se o assunto merecer, usa arquivo. Se não for algo tão pulsante assim, é o caso de repensar e talvez buscar outra solução. Uma boa foto pode ser mais legal que o texto (a velha história da imagem valer por mil palavras), e muitas vezes o abre é o único lugar da página onde vai foto.
Se tiver bastante opção de imagem, toca pra escolher uma. Que seja boa, que caiba no corte, mas que não seja a melhor de todas (essa fica para o caso do chefe querer usar na capa). Na hora de editar o texto, começa a briga com o espaço e com os códigos às vezes indecifráveis das agências internacionais. É cada tijolo que vem que vocês não têm ideia. Coisas como: "O presidente dos EUA, Barack Obama, decidiu que vai manter o plano de retirada das tropas do Iraque para 31 de agosto. 'Vou manter o plano de retirada das tropas para 31 de agosto', disse Obama". Haja saco.
Cortado o texto, hora de fazer o título. Espaço pequeno, quase impossível manter a velha fórmula "alguém-faz-alguma-coisa". Bora tentar um trocadilho, uma ironia (se não for tragédia ou algo envolvendo gente morta, pode). Opa, deu. Mas esse o chefe não vai gostar... Algo mais simples. Agora sim. Mas e se o leitor não entender? Ler o título e passar reto pela página? Ah, a foto é boa, então o título não precisa ser tão atrativo. Ih, a foto é só um boneco? Melhor caprichar mais. Bota a cabeça pra funcionar, é pra isso que você é pago.
Abre fechado, hora de fazer as outras seis notas (sendo duas com foto, isso no modelo-padrão mais usado pelo jornal). São notas pequenas, mas não importa: são seis assuntos diferentes, e o tamanho só torna o trabalho de edição mais complicado. É triste resumir, por exemplo, uma revolta popular provocada por anos de ditadura em um país africano, toda a história de um povo, em 15 linhas.
Hora de distribuir o mundo na página. O abre é o quê? Oriente médio? Então já tá bom pra eles. Talvez mais uma nota se tiver alguma coisa muito boa (SEMPRE vai ter notícia de Israel, Iraque e Irã). Merece mais que isso, mas são só seis assuntos, e ainda tem um mundo inteiro para mostrar. Tem algo sobre alguma das guerras dos EUA? É bom ter. Mas não vale placar de cadáveres no Iraque ou no Afeganistão. Tem Europa? Ásia (Coreias ou China)?
América do Sul. Essa sempre tem que ter. São nossos vizinhos. Mas aí tem um problema: meu horário de fechamento é muito cedo, e as notícias de Venezuela, Colômbia e afins só pipocam no fim da tarde. Quase nunca entra nada quente. Só "recupera" do dia anterior. Paciência.
Brasileiro fez cagada no estrangeiro? Lula discursou na ONU, apertou as mãos de alguém lá fora ou meteu o bedelho onde não foi chamado? Brasil foi destaque (positivo ou negativo) em algum megalevantamento de alguma megaorganização internacional? Obrigação noticiar.
Droga, e as notas com foto? Quais são as tragédias da vez? Incêndios na Rússia, deslizamentos de terra na China, enchentes no Paquistão. Fotos espetaculares ao monte. Mas precisa ver qual é a notícia; como as fotos são inferiores ao abre já não vale a regra de dar só pela imagem. Alguma tragédia pontual? Algum avião caiu? Algum touro invadiu a arquibancada de um festival qualquer na Espanha? Um atirador maluco matou os amigos da escola e se matou?
Se sim, está feito. Se não, fodeu: vai ter que cagar sangue para escolher um assunto "fotável", ou então usar um tema bom e pegar foto de arquivo. Ou, ainda, usar a velha fórmula "autoridade-diz-que...". Sempre tem foto de alguém falando alguma coisa ao redor do planeta. Escolhe a foto, joga lá. Qual o crédito? Eita nome complicado de fotógrafo, melhor copiar e colar para não errar.
Editadas as notas, feitos os títulos, jogadas as fotos, hora de dar uma "panorâmica" pela página. É sempre bom que os títulos não repitam palavras (com exceção de artigos e pronomes); que as fotos não "olhem" para o lado de fora de página; que a "composição estética", de forma geral, esteja bacana. Mas como eu vejo isso? Se vira, cara! Não sabe diferenciar o feio do bonito?
Tudo equilibrado? Abre para o oriente médio; notas sobre guerra no topo, do lado direito; tragédia social em uma foto debaixo; eleições na Austrália na outra; Chávez e Colômbia no meio da página; Fidel também; Coreia no pé, do lado do calor infernal na Europa.
Nada para refazer. Uma página já foi. Faltam 23.
15 de agosto de 2010
Teste cego da cerveja
Prólogo
Eu não entendo muita coisa de cerveja. Só sei que gosto de tomá-las, assim, de vez em quando, em casa, na hora de fazer comida ou para ver o futebol, ou ainda no bar com os amigos.
Acontece que, quando estou no supermercado diante das gôndolas destinadas à bebida preferida dos brasileiros, nunca sei que marca levar para casa. Ao contrário de alguns amigos, que sempre têm uma opinião muito bem formada sobre o assunto: "Skol é cerveja de menina ou de boyzinho na balada", "Brahma é que é cerveja de macho", "Antarctica? Se não for de Agudos, é grave", e por aí vai.
Por isso, sempre acabo recorrendo às marcas que eu ACHO que são as melhores, baseado nas opiniões desses mesmos amigos ou, porque não, do bom e velho marketing. É fato que que quem anuncia mais (e melhor) tem mais poder. E a gente sempre acaba sendo influenciado. Fora o poderosíssimo "imaginário popular", né? "Kaiser tem gosto de remédio", "Nova Schin é mijo", e etc.
Eu precisava tirar isso a limpo. Para dirimir minhas dúvidas na hora de escolher a cerveja certa diante de tantas opções. Para poder beber determinada marca sem culpa naquele churrasco com a família. Ou, ainda, para ter bons elementos na hora de criticar a cerveja que seu amigo trouxe para casa no fardinho com 12 unidades para aquela festinha.
Claro que se pudesse eu só comprava cerveja importada. Mas não posso. Por isso, fiz um teste cego entre as "bambambans" nacionais, as mais fáceis de encontrar, as que todo mundo toma. Acho que é forma mais justa de decidir, já que supostamente o que deveria interessar em uma cerveja é seu sabor.
Os critérios
Escolhi seis marcas que penso serem as mais populares do País: Antarctica, Brahma, Skol, Nova Schin, Kaiser e Itaipava. Excluí marcas como a Bohemia, que tem qualidade sabidamente superior, e outras mais novas no mercado ou muito mais baratas, destinadas a outros públicos. Também excluí marcas que não possuem versões em lata.
Para o teste, usei uma venda, e minha querida mulher Priscila (que mostra, como sempre, ser uma esposa exemplar, me apoiando até mesmo nesse tipo de bobagem) enumerou as cervejas em uma ordem da qual só ela sabia. À medida que eu fazia as "degustações", anotava minhas impressões.
Resolvi avaliar a textura (se é muito líquida ou mais cremosa) e "índice de amargor" (em níveis que vão de 1 a 5), além dos sabores contidos na cerveja.
Entre uma marca e outra, comi um aperitivo, e pela primeira vez na vida pude realmente compreender o sentido da expressão "tira-gosto". O aperitivo não terá sua marca divulgada porque este blog não ganhará nada por isso. Basta dizer que se trata de uma conhecida marca de batata-frita que antes custava o olho da cara mas que agora está com o preço mais acessível e pode ser até comprada de vez em quando, cujo sabor é espetacular!
Vamos lá?
O teste
Em ordem de desgustação:
Número 1 (não é a Brahma) - Nova Schin
Textura nível 5 (muito cremosa), o que para mim é bem bacana. Amargor nível 3 (tá bom assim), mas pecou nos sabores: no final do gole, aparece alguma coisa estranha, como... madeira? Difícil definir pra quem não é enólogo, barista ou afim.
Número 2 - Brahma
Textura nível 3 (bom, mas poderia ser melhor), amargor nível 4 (eita ferro!), com sabor bastante uniforme, sem alterações durante a degustação. Uma cerveja bem na média, mas meio amarga demais para meu gosto.
Número 3 - Kaiser
Textura nível 4 (cremosinha), amargor nível 3 (tá bom assim), com sabor também bastante uniforme. Como é um pouco mais suave, para mim levou vantagem sobre a concorrente nº 2. Nas minhas anotações, escrevi: "até agora a melhor".
Número 4 - Antarctica
Textura nível 5 (muito cremosa), amargor nível 3 (tá bom assim) e sabor uniforme, sem surpresas. Ganha das demais analisadas até então por ser um pouco mais cremosa.
Número 5 - Itaipava
Textura nível 4 (cremosinha), amargor nível 2,75 (suave como tem que ser). Foi a que apresentou a maior complexidade de sabores: meio frutada, além de deixar um "rastro" bastante agradável depois do gole.
Número 6 - Skol
Textura nível 2,5 (parece água), amargor nível 3 (tá bom assim), mas com uma nota no sabor MUITO estranha. Algo que me remeteu a... peixe. É, é isso, fazer o quê? Você pode me chamar de maluco, mas não é o que eu espero encontrar em uma cerveja.
Chorinho
Droga, quem comprou Bavaria?
A escolhida
Durante as degustações, eu não tinha nenhuma pista de que marca estava tomando. Quando terminei, a melhor estava evidente.
Eu me surpreendi bastante. Itaipava passa longe das minhas preferências na hora da compra, e olha que eu já tive amigos me dizendo: "só compro Itaipava", "Itaipava é muito boa". E eu pensava: "nossa, esse aí não entende bosta nenhuma de cerveja."
Paguei com a boca, literalmente.
Se fosse fazer um ranking, ficaria assim:
1 - Itaipava
2 - Antarctica
3 - Kaiser
4 - Brahma
5 - Nova Schin
6 - Skol
Conclusão
É importante dizer que tudo o que foi dito aqui é estritamente SUBJETIVO. Eu não sou "cervejólogo" e nem quis descobrir qual é a melhor cerveja do Brasil (quem sou eu pra definir uma coisa dessas?). Quis apenas escolher a melhor cerveja PARA MIM, e compartilhar todo o processo neste humilde blog.
No fim das contas, acho que a lição que fica mesmo é que paladar cada um tem o seu, assim como gosto para determinado tipo de música ou cor de camiseta. E isso deve ser respeitado, oras. Pode ser que eu ouça de alguém: "Itaipava? Tá maluco? Boa mesmo é a Skol"; com a diferença de que agora poderei responder "maluco é você".
Então, um brinde às diferenças. Mas sem Skol, por favor.
11 de agosto de 2010
Tenha um bom dia, tchau!
Se tem um troço que me incomoda é ser mal atendido em estabelecimentos comerciais.
Tem certos tipos de mal-atendimento que eu até tolero. Às vezes o lugar está cheio, e o filho da puta do patrão, para economizar, decide não colocar mais funcionários - aí eu acho foda esculachar com os empregados sobrecarregados.
Mas tem um procedimento específico que me emputece deveras: é quando os funcionários se esquecem que são funcionários, e se esquecem que você é cliente, e decidem agir como seres humanos normais.
Eu explico.
Certa vez, quando morava em Londrina, desci do ônibus depois da faculdade e passei em uma padaria perto da minha casa para comer um lanche. Eram umas 22h30. Pedi um misto-quente e a mulher do balcão gritou para a cozinha: "Um misto-quente, Alzira!". No que a Alzira respondeu, também em tom elevado, para ser ouvida: "Ah, agora não vai dar não, meu ônibus vai passar daqui a dez minutos".
É disso que estou falando.
Porra, existe um protocolo atendente-cliente que deve ser respeitado! É pedir demais? Se a Alzira tinha que pegar seu busão, porque não chamou seu chefe no canto e o avisou em voz baixa? O encarregado teria dado um jeito; colocaria a moça do caixa para fazer o lanche enquanto a substituta da Alzira não chegasse, por exemplo; talvez o lanche demorasse um pouco e não ficasse tão bom, mas eu comeria e iria embora sem saber que naquele lugar a mulher que faz misto-quente pega busão para voltar para casa. É algo que eu, como cliente, NÃO PRECISO SABER.
Aí nesta semana, no Pão de Açúcar da avenida Independência, em Ribeirão (que aliás está uma zona por causa da reforma), outro exemplo me cai no colo. Segue o diálogo entre a moça empacotadora e a caixa, enquanto ela passa minhas compras:
- Será que vai rodar mais alguém?
- Ih, até o meio-dia tem chão, viu? Bem que podia ser eu. Não aguento mais isso aqui.
- (risos) Ah, para você sair é difícil.
- Já pensou? 'Fulana (pouparei o nome dela), vou te dar um pé na bunda' (com entonação de voz masculina). Ahahaha.
- Ahahahaha.
Breve silêncio. A caixa retoma o fio da meada, enquanto passa meu cartão - eram poucas compras.
- Pra eu sair daqui, só arrumando outra coisa melhor antes e pedindo demissão.
- Ou então você xinga algum cliente, aí ele vai lá e reclama no serviço de atendimento e você é demitida.
- É uma boa, já pensou, menina? Ahahahaha...
- Ahahahaha...
A caixa me entrega a nota e, engolindo o riso do diálogo anterior, me diz:
- Obrigada moço, tenha um bom dia, tchau!
Tem certos tipos de mal-atendimento que eu até tolero. Às vezes o lugar está cheio, e o filho da puta do patrão, para economizar, decide não colocar mais funcionários - aí eu acho foda esculachar com os empregados sobrecarregados.
Mas tem um procedimento específico que me emputece deveras: é quando os funcionários se esquecem que são funcionários, e se esquecem que você é cliente, e decidem agir como seres humanos normais.
Eu explico.
Certa vez, quando morava em Londrina, desci do ônibus depois da faculdade e passei em uma padaria perto da minha casa para comer um lanche. Eram umas 22h30. Pedi um misto-quente e a mulher do balcão gritou para a cozinha: "Um misto-quente, Alzira!". No que a Alzira respondeu, também em tom elevado, para ser ouvida: "Ah, agora não vai dar não, meu ônibus vai passar daqui a dez minutos".
É disso que estou falando.
Porra, existe um protocolo atendente-cliente que deve ser respeitado! É pedir demais? Se a Alzira tinha que pegar seu busão, porque não chamou seu chefe no canto e o avisou em voz baixa? O encarregado teria dado um jeito; colocaria a moça do caixa para fazer o lanche enquanto a substituta da Alzira não chegasse, por exemplo; talvez o lanche demorasse um pouco e não ficasse tão bom, mas eu comeria e iria embora sem saber que naquele lugar a mulher que faz misto-quente pega busão para voltar para casa. É algo que eu, como cliente, NÃO PRECISO SABER.
Aí nesta semana, no Pão de Açúcar da avenida Independência, em Ribeirão (que aliás está uma zona por causa da reforma), outro exemplo me cai no colo. Segue o diálogo entre a moça empacotadora e a caixa, enquanto ela passa minhas compras:
- Será que vai rodar mais alguém?
- Ih, até o meio-dia tem chão, viu? Bem que podia ser eu. Não aguento mais isso aqui.
- (risos) Ah, para você sair é difícil.
- Já pensou? 'Fulana (pouparei o nome dela), vou te dar um pé na bunda' (com entonação de voz masculina). Ahahaha.
- Ahahahaha.
Breve silêncio. A caixa retoma o fio da meada, enquanto passa meu cartão - eram poucas compras.
- Pra eu sair daqui, só arrumando outra coisa melhor antes e pedindo demissão.
- Ou então você xinga algum cliente, aí ele vai lá e reclama no serviço de atendimento e você é demitida.
- É uma boa, já pensou, menina? Ahahahaha...
- Ahahahaha...
A caixa me entrega a nota e, engolindo o riso do diálogo anterior, me diz:
- Obrigada moço, tenha um bom dia, tchau!
10 de agosto de 2010
Post para um amigo
Paulo Freire defendia a educação transformadora - e mais um monte de outras coisas que eu não vou escrever aqui porque o objeto do post não é o Paulo Freire. Mas é impossível não se lembrar dele ao ter contato com o trabalho do meu amigo Daniel e o Núcleo de Vivência Teatral, da cidade de Iracemápolis (bem pertinho de Limeira).
Depois de uns dois anos de insistência, muitos convites, datas desencontradas e, confesso, uma boa dose de acomodação, finalmente consegui assistir a uma peça do grupo, no último domingo, no encerramento da Mostra Municipal de Teatro de Limeira, no Teatro Vitória, naquela cidade. Como estava em Campinas na casa do sogrão para o Dia dos Pais, não foi difícil dar uma esticada até lá.
A peça é uma adaptação do conto "A hora e vez de Augusto Matraga", de João Guimarães Rosa (aos interessados, o conto jaz nas últimas páginas de "Sagarana", e é altamente recomendado, assim como toda a obra do Guimarães Rosa). A peculiaridade é a seguinte: no Núcleo de Vivência Teatral, os atores são crianças (no máximo, pré-adolescentes). E quem conhece "Matraga" sabe que a história não tem nada de infantil - assim como "Macbeth", montagem anterior do grupo, que agora eu me castigo por ter perdido.
O Daniel é um grande amigo dos tempos de faculdade, e nas poucas vezes em que temos nos falado ultimamente, ele sempre deixa evidente a alegria que tem com o trabalho no Núcleo. Conta com muito entuasiasmo sobre o talento da meninada, suas realizações e para onde pode ir. Então, admito que tinha uma pulga atrás da orelha sobre o que veria no palco: ao mesmo tempo em que estava com uma certa expectativa para ver logo aquele trabalho, imaginava também que a coisa podia não ser tão legal assim como o Daniel falava, já que ele é naturalmente suspeito para falar de sua cria.
Afinal, "são crianças", pensei; "o teatro é grande e está lotado, deve ser difícil para eles"; "Guimarães Rosa não é tão fácil de digerir."
Ao fim dos primeiros, sei lá, dez minutos de apresentação, meu queixo estava caído, eu estava sinceramente emocionado e me perguntava por que diabos aquilo tudo estava sendo encenado "só" em um teatro de Limeira - com a entrada franca - em uma noite perdida de um agosto qualquer.
Não entendo patavina de teatro, mas posso garantir que vi algo espetacular, impressionante e adjetivamente impossível de classificar. A introdução da peça é cinematográfica e remete a... Irmãos Coen? Não, não... Tarantino? Talvez... A trilha sonora vai de Sepultura a Jacques Morelembaum, passando por Zeca Baleiro; há momentos de humor, drama, tensão, metalinguagem...
As crianças... Bem, as crianças são "O" espetáculo. Eu sinceramente fiquei com medo quando um menino apareceu em cena "fumando" um cigarro apagado, ou com as referências indiretas à prostituição, feitas por meninos de... melhor nem chutar a idade. "Caramba, será que tem algum promotor da infância xarope por aqui ou alguém da patrulha dos bons costumes?", pensei. "O Daniel vai sair daqui preso". Pura bobagem, claro - tudo ali estava muito bem encaixado dentro de um contexto, e qualquer débil-mental pode entender isso (crianças que encenam Guimarães Rosa, então...).
Certa vez, acompanhando o blog do Núcleo de Vivência Teatral, li alguém dizendo que, assistindo às peças, a gente até se esquece que são crianças que estão no palco. Eu discordo. Dá pra ver bem que são crianças sim, o tempo todo, mas crianças fazendo algo que delas não se costuma exigir, porque nós, adultos, geralmente achamos que elas não são capazes. Dizer que agem como adultos (como se ser adulto fosse pressuposto básico para fazer qualquer coisa de qualidade) seria desqualificá-las.
No palco, elas fazem coisas que delas não se esperam, ainda mais no teatro. Não estão vestidas de árvore, pedra ou flor, nem voando como Sininho penduradas por cordas, muito menos cantando a 9ª Sinfonia de Beethoven em um coral natalino. Estão falando palavrão, pegando em armas e dizendo frases como "Diabo não existe; existe é homem humano. Travessia" (de "Grande Sertão: Veredas"). Ficar impressionado é inevitável.
Depois de quase duas horas (!) de peça, não podia sentir nada diferente de orgulho, muito orgulho. Orgulho de ser amigo de um grande cara, que parece ter encontrado sua paragem no grande sertão. Alguém que, na república que morávamos em Londrina, passava horas lendo livros cheios de nomes russos e gregos, e discutia comigo onde aquilo tudo iria nos levar (eu só lia jornais e revistas, mesmo).
Depois da peça, lembrávamos desses tempos e das peças que o Daniel apresentava com seus colegas da turma de Artes Cênicas (tinha algumas legais, mas a maioria eu nunca entendi). Ele então disse: "Pois é, o teatro está aí para contar boas histórias, e a gente ficava perdendo tempo naquele monte de intelectualidades." Mais orgulho ainda. Daniel Martins - guardem esse nome, vocês ainda vão ouvir falar dele.
Uma noite memorável. E transformadora.
PS: As fotos foram retiradas do blog do Núcleo de Vivência Teatral. O crédito da segunda foto é de Nelson Shiraga. Das outras, eu não sei.
Depois de uns dois anos de insistência, muitos convites, datas desencontradas e, confesso, uma boa dose de acomodação, finalmente consegui assistir a uma peça do grupo, no último domingo, no encerramento da Mostra Municipal de Teatro de Limeira, no Teatro Vitória, naquela cidade. Como estava em Campinas na casa do sogrão para o Dia dos Pais, não foi difícil dar uma esticada até lá.
A peça é uma adaptação do conto "A hora e vez de Augusto Matraga", de João Guimarães Rosa (aos interessados, o conto jaz nas últimas páginas de "Sagarana", e é altamente recomendado, assim como toda a obra do Guimarães Rosa). A peculiaridade é a seguinte: no Núcleo de Vivência Teatral, os atores são crianças (no máximo, pré-adolescentes). E quem conhece "Matraga" sabe que a história não tem nada de infantil - assim como "Macbeth", montagem anterior do grupo, que agora eu me castigo por ter perdido.
O Daniel é um grande amigo dos tempos de faculdade, e nas poucas vezes em que temos nos falado ultimamente, ele sempre deixa evidente a alegria que tem com o trabalho no Núcleo. Conta com muito entuasiasmo sobre o talento da meninada, suas realizações e para onde pode ir. Então, admito que tinha uma pulga atrás da orelha sobre o que veria no palco: ao mesmo tempo em que estava com uma certa expectativa para ver logo aquele trabalho, imaginava também que a coisa podia não ser tão legal assim como o Daniel falava, já que ele é naturalmente suspeito para falar de sua cria.
Afinal, "são crianças", pensei; "o teatro é grande e está lotado, deve ser difícil para eles"; "Guimarães Rosa não é tão fácil de digerir."
Ao fim dos primeiros, sei lá, dez minutos de apresentação, meu queixo estava caído, eu estava sinceramente emocionado e me perguntava por que diabos aquilo tudo estava sendo encenado "só" em um teatro de Limeira - com a entrada franca - em uma noite perdida de um agosto qualquer.
Não entendo patavina de teatro, mas posso garantir que vi algo espetacular, impressionante e adjetivamente impossível de classificar. A introdução da peça é cinematográfica e remete a... Irmãos Coen? Não, não... Tarantino? Talvez... A trilha sonora vai de Sepultura a Jacques Morelembaum, passando por Zeca Baleiro; há momentos de humor, drama, tensão, metalinguagem...
As crianças... Bem, as crianças são "O" espetáculo. Eu sinceramente fiquei com medo quando um menino apareceu em cena "fumando" um cigarro apagado, ou com as referências indiretas à prostituição, feitas por meninos de... melhor nem chutar a idade. "Caramba, será que tem algum promotor da infância xarope por aqui ou alguém da patrulha dos bons costumes?", pensei. "O Daniel vai sair daqui preso". Pura bobagem, claro - tudo ali estava muito bem encaixado dentro de um contexto, e qualquer débil-mental pode entender isso (crianças que encenam Guimarães Rosa, então...).
Certa vez, acompanhando o blog do Núcleo de Vivência Teatral, li alguém dizendo que, assistindo às peças, a gente até se esquece que são crianças que estão no palco. Eu discordo. Dá pra ver bem que são crianças sim, o tempo todo, mas crianças fazendo algo que delas não se costuma exigir, porque nós, adultos, geralmente achamos que elas não são capazes. Dizer que agem como adultos (como se ser adulto fosse pressuposto básico para fazer qualquer coisa de qualidade) seria desqualificá-las.
No palco, elas fazem coisas que delas não se esperam, ainda mais no teatro. Não estão vestidas de árvore, pedra ou flor, nem voando como Sininho penduradas por cordas, muito menos cantando a 9ª Sinfonia de Beethoven em um coral natalino. Estão falando palavrão, pegando em armas e dizendo frases como "Diabo não existe; existe é homem humano. Travessia" (de "Grande Sertão: Veredas"). Ficar impressionado é inevitável.
Depois de quase duas horas (!) de peça, não podia sentir nada diferente de orgulho, muito orgulho. Orgulho de ser amigo de um grande cara, que parece ter encontrado sua paragem no grande sertão. Alguém que, na república que morávamos em Londrina, passava horas lendo livros cheios de nomes russos e gregos, e discutia comigo onde aquilo tudo iria nos levar (eu só lia jornais e revistas, mesmo).
Depois da peça, lembrávamos desses tempos e das peças que o Daniel apresentava com seus colegas da turma de Artes Cênicas (tinha algumas legais, mas a maioria eu nunca entendi). Ele então disse: "Pois é, o teatro está aí para contar boas histórias, e a gente ficava perdendo tempo naquele monte de intelectualidades." Mais orgulho ainda. Daniel Martins - guardem esse nome, vocês ainda vão ouvir falar dele.
Uma noite memorável. E transformadora.
PS: As fotos foram retiradas do blog do Núcleo de Vivência Teatral. O crédito da segunda foto é de Nelson Shiraga. Das outras, eu não sei.
7 de agosto de 2010
O novo nome
Muito bem.
Quando eu iniciei este blog, lá em 2006, os tempos eram outros. Ganso e Neymar ainda não eram unanimidade nacional, Ronaldo não jogava no Corinthians, Dilma não era nem pré-pré-pré-candidata e eu não era casado (nem namorava minha mulher). Estava em outra "vibe", por assim dizer.
Já tinha um outro blog - vaca.tipos.com.br -, este feito em parceria com a velha patota da faculdade, com um perfil de zoeira total e estímulo livre à trollagem virtual, então queria algo que fosse mais pessoal mesmo. Aí surgiu o but not in love.
O nome eu já expliquei aqui, mas para resumir é um verso da minha música preferida da minha banda preferida ("Fitter Happier", do Radiohead). Foi a música que, quando eu tinha meus 18 anos, me fez ver que a vida é nada mais que uma série de modelos que repetimos infinitamente, o que me deixou deveras triste e ao mesmo tempo impressionado.
Hoje, ainda me impressiono com a música, mas o nome não cabe mais. Está ultrapassado, expirou seu prazo, não resume mais minha vida como já resumiu outrora e, convenhamos, é um tanto o quanto afeminado.
Então, está aí a mudança. Não vou ficar explicando o "conceito" do novo nome porque seria muita pseudagem, mas ele até que existe (acho até que um pouco autoexplicativo). O que continua valendo mesmo é a descrição: "um monte de bobagens que, acredite, você não terá o menor interesse em ler." É a coisa mais sincera que já escrevi por aqui, e ao mesmo tempo me desabona de qualquer responsabilidade pelos posts.
Por este, inclusive.
PS: O endereço para acesso do blog era para ser validadevencida.blogspot.com, mas é óbvio que esse domínio já existe (e anta aqui não checou antes). Como não quis mudar o nome recém-mudado de novo, mudei o endereço: é http://venceu.blogspot.com. Meus queridos seguidores, atualizem seus bookmarks!
Quando eu iniciei este blog, lá em 2006, os tempos eram outros. Ganso e Neymar ainda não eram unanimidade nacional, Ronaldo não jogava no Corinthians, Dilma não era nem pré-pré-pré-candidata e eu não era casado (nem namorava minha mulher). Estava em outra "vibe", por assim dizer.
Já tinha um outro blog - vaca.tipos.com.br -, este feito em parceria com a velha patota da faculdade, com um perfil de zoeira total e estímulo livre à trollagem virtual, então queria algo que fosse mais pessoal mesmo. Aí surgiu o but not in love.
O nome eu já expliquei aqui, mas para resumir é um verso da minha música preferida da minha banda preferida ("Fitter Happier", do Radiohead). Foi a música que, quando eu tinha meus 18 anos, me fez ver que a vida é nada mais que uma série de modelos que repetimos infinitamente, o que me deixou deveras triste e ao mesmo tempo impressionado.
Hoje, ainda me impressiono com a música, mas o nome não cabe mais. Está ultrapassado, expirou seu prazo, não resume mais minha vida como já resumiu outrora e, convenhamos, é um tanto o quanto afeminado.
Então, está aí a mudança. Não vou ficar explicando o "conceito" do novo nome porque seria muita pseudagem, mas ele até que existe (acho até que um pouco autoexplicativo). O que continua valendo mesmo é a descrição: "um monte de bobagens que, acredite, você não terá o menor interesse em ler." É a coisa mais sincera que já escrevi por aqui, e ao mesmo tempo me desabona de qualquer responsabilidade pelos posts.
Por este, inclusive.
PS: O endereço para acesso do blog era para ser validadevencida.blogspot.com, mas é óbvio que esse domínio já existe (e anta aqui não checou antes). Como não quis mudar o nome recém-mudado de novo, mudei o endereço: é http://venceu.blogspot.com. Meus queridos seguidores, atualizem seus bookmarks!
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