14 de dezembro de 2010

Mario é o cara

Eu devia ter uns 10 anos quando conheci o Mario, e não foi atrás do armário (pronto, já foi a piada!). Foi no chamado Nintendinho, console da Nintendo com 8 bits, espécie de "passo adiante" em relação ao Atari.

O jogo era o Super Mario Bros., e consistia basicamente em levar um carinha bigodudo a pular sobre inimigos e obstáculos por fases e mundos para matar o Bowser, seus filhos, e resgatar a princesa.

Alguns anos depois, em um dia obscuro de novembro, minha cachorra foi atropelada. E minha mãe, para diminuir minha angústia infantil e reduzir as chances de eu me tornar um adolescente-problema, resolveu antecipar meu presente de Natal daquele ano, que já estava comprado do Paraguai: um Super Nintendo. Que vinha com dois controles e um jogo: Super Mario World.

Para encurtar a história, foi o jogo que me fez ficar de recuperação em umas três matérias na quinta série, e que certamente levou minha mãe a se arrepender por tê-lo comprado. Mario é um droga, e meu vício começava ali.

Com o tempo, porém, meu interesse pelo videogame diminuiu, eu comecei a trabalhar e não ter mais tanto tempo e dinheiro para esses luxos. Até que me casei. E decidimos, eu e minha mulher, investir em videogame: é entretenimento para a família, afinal de contas.

A escolha, é claro, foi pela Nintendo. Tá, todo mundo sabe que o Xbox ou o PS3 são melhores. Mas eles não têm a franquia Mario (nem Donkey Kong, mas essa é outra história). Então fomos direto no Wii, que além de embutir o padrão Nintendo de diversão, permite simular atividades esportivas com os movimentos do controle e aquela coisa toda.

E assim nossa vida seguiu, com um Guitar Hero aqui, um Beatles Rock Band ali, um Mario Kart acolá, boliche de vez em quando. Até que o New Super Mario Bros Wii surgiu. E meu dedão da mão esquerda voltou a ter calos.

Antes de mais nada, vale dizer que não é apenas um jogo. É uma homenagem. Uma grande homenagem aos fãs da Nintendo, do Mario e, principalmente, aos fãs da diversão eletrônica. É espetacular, sensacional e, em alguns momentos, de fato me deixou boquiaberto (não leve como parâmetro: eu sou meio bobo mesmo).

Tem que jogar. Vale dizer que o New Super Mario Bros. do Wii é a evolução direta do Mario Bros. do Nintendinho. Esqueça, então, a onda 3D do Mario 64 ou do Mario Galaxy (nada contra, mas essas coisas me deixam meio tonto, sério). É 2D na veia, mano. Telona chapada, fase começa do lado esquerdo, termina do direito. Simples assim.

Nem tanto, na verdade. Não queria ficar aqui resenhando o jogo, mas vamos lá: a jogabilidade é um personagem à parte. Você usa o direcional, dois botões e uma chacoalhadinha no controle. Com isso tudo junto e misturado, ou não, consegue botar o Mario para correr, voar, se agarrar em paredes, girar e "segurar" o pulo no ar, segurar coisas (e pessoas), dar um salto triplo para pular mais alto...

Juro que não vou nem falar do capacete-helicóptero e, principalmente, do pinguim. Da possibilidade de jogar com quatro jogadores NA MESMA FASE. Dos inimigos que fazem coreografias de acordo com a trilha sonora (cara, isso é DEMAIS). Do guia de ajuda quando você morre mais de oito vidas na mesma fase. Ou dos "hint movies", que te mostram como é que se joga de verdade. Seria muita humilhação.

O jogo também incorpora movimentos do Yoshi's Island, que é simplesmente o game mais subestimado da história da Nintendo (é uma espécie de Super Mario World 2, só que muito melhor). Quando eu peguei o Yoshi pela primeira vez e vi que ele podia "voar", meus olhos se encheram de lágrimas (se ele botasse ovos para depois atirá-los, eu seria capaz de correr nu pela rua, tamanha seria minha alegria).

Ao mesmo tempo em que evolui, o jogo mantém tudo o que o transformou em um ícone mundial, não só dos games, mas da cultura pop: saídas secretas, lugares escondidos, o mesmo esquema de fases e mundos, os castelos, os chefões, o enredo...

Tudo para dizer o seguinte: Red Dead Detemption, GTA, Warcraft, Gran Turismo, Winning Eleven, Fifa, Guitar Hero... Sim, tudo muito legal, mas para mim não há o que supere Mario. Os concorrentes têm que comer bastante feijão. Ou um cogumelo vermelho, quem sabe...

5 comentários:

Maria Helena disse...

luísssss
morri com seu post
concordo em genero, numero e grau. nao vejo a hora de por a mão no wii da minha mãe quando eu voltar e começar a jogar!!
bjs, maria (amiga da nina)
p.s. mto bom o texto sobre a montadora, adorei!

Luís Fernando disse...

Wii da sua mãe? Ahahahahaha...

Fabi M. disse...

Putz, meu marido está tentando me convencer de que é legal ter um Wii em casa. E depois desse post eu acho que vou ter q concordar...

Dudu Lima - Maverick V8® disse...

Puxa na semana do Natal (2010), comprei meu Wii nas lojas Americanas ehehhe, peguei o Combo Black Motion que veio com Wii Sports e Resort... São legais estes jogos, mas enjoa muito rápido e cansa tbm ehehhee. Enfim, dois dias depois comprei Sonic And The Black Knight para o Wii, é bom o jogo, mas cheguei na segunda parte que enfrenta o Rei Arthur corrompido, tá difícil pra caramba! Já enjoei do jogo (quando não consigo concluir um jogo ou terminar uma fase chata, eu largo de mão o jogo) eheheh. Agora em janeiro de 2011 sem falta comprarei o New Super Mario Bros!!!

Depois comprarei Mario Galaxy 1 e 2.

Professora Elisa disse...

É muito bom saber que não sou a única no mundo que ainda gosta de Mário.... Que há outros como eu... Com os mesmos gostos....